quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Get your own Glitter Graphics @ ohmyspace.com
Free Graphics and Codes @ HolidayCodes.com! Free Image Hosting @ Photobucket.com!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Olha O Olho da Menina
Marisa Prado
Menina crescia escutando
que não adiantava mentir
porque mãe sempre sabia
Mãe dizia
que lia na testa da Menina,
e que só Mãe sabia ler testa.


Menina tentava tapar a testa
com a mão na hora de mentir.
Mãe achava graça. Muita graça.
E continuava lendo assim mesmo

Menina precisava entender
como essa coisa misteriosa acontecia.
No espelho do banheiro,
mentia muito em silêncio. E na testa, nada escrito!

Aí, Menina descobriu que Mãe também mentia.
E que então não era testa
- era o olho, com um brilho diferente -
que entregava a mentira.

Menina então tentava fechar o olho com força,
para esconder a Mentira.
Mas nem isso resolvia, pois Mãe sempre adivinhava.

Menina tinha era que aprender
a fingir de olho aberto que mentira era verdade.
Menina tentou, tentou... e aprendeu.
Era essa a solução.

Mas de noite Menina ficava apertada por dentro.
Assim meio sufocada, não podia nem piscar.
Com o olho muito aberto, não conseguia dormir.

Faltava ar pra Menina.
Igual quando a gente fica quase sem respirar
rindo de uma cosquinha. Só que não tinha graça.
Menina - sem querer - tinha descoberto a Consciência,
uma coisa que toma conta da gente
mesmo quando Mãe não está lendo testa,
nem adivinhando olho.

Menina tinha aprendido que ter que fingir doía.
E que desse jeito ia ficar muito sem graça
ser gente grande.
Menina desistiu de crescer.

Mas não adiantava.
Menina via que agora já estava quase da altura
do móvel da sala da vovó.
E ficava muito triste, o aperto apertando mais.
E de tanto que o aperto apertava,
Menina achou que fingir só podia doer tanto
porque era dor sozinha.

Menina teve uma idéia,
e ainda não sabia
se era idéia brilhante.
Mas sabia - isso sim - que precisava testar,
pra conseguir descobrir.

A idéia da Menina foi dizer para Mãe
que era difícil fingir.
Menina achava ruim aprender montes de coisas
sem dividir com ninguém.

Menina falou pra Mãe que era muito complicado
e que não era nada bom ter que crescer sozinha.

Mãe abraçou muito apertado a Menina.
E no colo tão esperado Menina estava sendo mãe da Mãe.

Menina sentiu que Mãe estava chorando.
E que Mãe ainda não tinha aprendido tudo.


Mãe não falava nada
Mas uma e outra sabiam
naquele abraço apertado
que em Mãe também doí
a ser gente grande sozinha.

Nessa hora
Menina entendeu tudinho.
Descobriu que só carinho
é que espanta a solidão.
E que dor, se dividida,
fica dor menos doída.
E que aí, dá até vontade de continuar a crescer
pra descobrir o resto das coisas.

domingo, 8 de julho de 2007

Passei só para dar um OI e um beijinhooooooooooo :)

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Hoje muito em especial venho trazer-te muita sorte para o teu exame e dar-te todo o meu apoio.
MySpace Graphics

quarta-feira, 4 de julho de 2007

A nós...


"Para ser grande, sê inteiro,

Põe quanto és no mínimo que fazes

Nada teu exagera ou exclui.

Assim, em cada lago, a lua toda brilha porque alta vive."

in Ricardo Reis

terça-feira, 3 de julho de 2007


domingo, 1 de julho de 2007

MÃE

Mãe... São três letras apenas

As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...

E nelas cabe o infinito.

Para louvar minha mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela me quer...

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus!
"Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem para dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos a dizer.
E mesmo que a voz trema por dentro, há que fazê-la sair firme e serena, e mesmo que se oiça o coração bater desordenadamente fora do peito é preciso domá-lo, acalmá-lo, ordenar-lhe que bata mais devagar e faça menos alarido, e esperar, esperar que ele obedeça, que se esqueça, apagar-lhe a memória, o desejo, a saudade, a vontade.

Às vezes é preciso partir antes do tempo, dizer aquilo que se teme dizer, arrumar a casa e a cabeça, limpar a alma e prepará-la para um futuro incerto, acreditar que esse futuro é bom e afinal já está perto, apertar as mãos uma contra a outra e rezar a um deus qualquer que nos dê força e serenidade. Pensar que o tempo está a nosso favor, que o destino e as circunstâncias de encarregarão de atenuar a nossa dor e de a transformar numa recordação ténue e fechada num passado sem retorno que teve o seu tempo e a sua época e que um dia também teve o seu fim.

Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizémos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor.

Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último combóio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo.


Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio e paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar. Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então esquecer."

in Margarida Rebelo Pinto, Às vezes

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Abre os olhos e encara a vida! A sina
Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes!
Por sobre lamaçais alteia pontes
Com tuas mãos preciosas de menina.

Nessa estrada de vida que fascina
Caminha sempre em frente, além dos montes!
Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes!
Beija aqueles que a sorte te destina!

Trata por tu a mais longínqua estrela,
Escava com as mãos a própria cova
E depois, a sorrir, deita-te nela!

Que as mãos da terra façam, com amor,
Da graça do teu corpo, esguia e nova,
Surgir à luz a haste de uma flor!...

Florbela Espanca

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Cada lugar teu

Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar
Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar
Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei
Mesmo que a vida mude os nossos sentido
se o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só
Eu Vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar
Mafalda Veiga-canta 'Cada lugar teu'

terça-feira, 26 de junho de 2007


quinta-feira, 21 de junho de 2007


DressUpMyspace.com - Glitter Graphics, Myspace Icons, MySpace Graphics, MySpace Codes, MySpace Layouts, Piczo Icons, Glitter Words

TU

"Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo"
Pablo de Neruda

terça-feira, 19 de junho de 2007


"Haverá algo mais belo do que ter alguém com quem possa falar de todas as suas coisas como se falasse consigo mesmo?"Cícero

domingo, 17 de junho de 2007

Vintage Fairy

sábado, 16 de junho de 2007

Minha Mãe


Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fonte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.

Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.

in Vinicius de Moraes, Poesia completa e prosa

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Festas Populares


Ó minha mãe, minha mãe

Ó minha mãe, minha amada

Quem tem uma mãe tem tudo

Quem não tem mãe não tem nada!

Without you

Fazes-me falta....
Ainda sou uma criança, que sente falta, que fica só, que não sabe nada do mundo.
Fazes-me falta...
Contigo, os meus dias tornam-se melhores, há sol na minha vida, há sorrisos constantes, há amor...

Contigo, tudo é tão mais tranquilo, sincero, humano, humilde e tão, tão, tão FELIZ!!!

FAZES-ME FALTA...
... mummy

AMO-TE!!!! MUITO !!!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Poesia no olhar

Vejo poesia no olhar da minha filha...

sexta-feira, 25 de maio de 2007

SER


VERBO SER

Que vai ser quando crescer?

Vivem perguntando em redor. Que é ser?

É ter um corpo, um jeito, um nome?

Tenho os três. E sou?

Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?

Ou a gente só principia a ser quando cresce?

É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?

Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?

Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.

Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher?

Não dá para entender. Não vou ser.

Vou crescer assim mesmo.

Sem ser Esquecer.

Carlos Drummond de Andrade

domingo, 20 de maio de 2007



Nunca ninguém disse que ia ser fácil, mas também nunca ninguém disse que não ia ser.

É tentar ser alguém que ainda não se é. É ainda não ser, e ter que ser. É assumir erros e responsabilidades, sem estar preparado. É ter que agir, que fazer, que acontecer, mesmo não sabendo, nao querendo, tendo medos, receios...

Passa tudo tao rápido que mal sinto o sangue a correr.
Que se está a passar? As minhas bonecas?
Acorda... foi tudo um pesadelo. Esta tudo bem.
Mas...as minh... as.. bonecas...
Ja demos tudo. Os teus sonhos agora pertencem a outras criancas.

Vais ter que crescer!